O Cerco de Onoguris ocorreu em 554 ou 555 durante a Guerra Lázica entre o Império Bizantino e o Império Sassânida. Os generais bizantinos liderados por Martinho precisavam obter uma vitória rápida no campo de batalha para corrigir o assassinato do aliado bizantino, o rei Gubazes II. Lançaram um ataque em grande escala a Onoguris, localizado perto da principal fortaleza bizantina de Arqueópolis. A chegada de uma pequena força de socorro sob o novo comandante sassânida Nacoragano virou a maré da batalha e resultou na vitória fácil para os persas. Os bizantinos abandonaram sua base em Arqueópolis também, que foi destruída pelos sassânidas.
Depois de conseguir desalojar os bizantinos de Télefis-Olaria, o comandante persa em Lázica, Mermeroes, não seguiu a vitória, mas retornou a Moqueresis e reforçou a guarnição persa em Onoguris em seu caminho. Esta último ficava perto de Arqueópolis, a principal fortaleza bizantina da região. Mermeroes morreu pouco depois e foi sucedido por Nacoragano. Após a derrota em Télefis, o rei Gubazes II enviou uma queixa contra os generais bizantinos ao imperadorJustiniano I, que então enviou o general Bessas para o exílio. Martinho e Rústico, dois outros generais criticados por Gubazes, então assassinaram ele. Isso resultou em confusão entre os lazes que abandonaram seu apoio aos bizantinos.[1] Martinho imediatamente preparou uma grande força para capturar Onoguris, esperando uma vitória fácil. De acordo com Agátias, Martinho e aqueles por trás do assassinato queriam obter um sucesso que pudesse neutralizar uma situação volátil caso o imperador percebesse sua culpa.[2]
Em 554 ou 555, uma força bizantina de 50 mil combatentes sob o comando de Martinho sitiou Onoguris usando telhados de vime (espaliões), balistas e outros equipamentos de cerco. Um persa capturado revelou a aproximação de uma força de socorro de Moqueresis e Cutais sob o novo comandante de campo Nacoragano, que acabara de substituir o falecido Mermeroes. A ideia de um ataque em grande escala contra ele foi rejeitada; em vez disso, uma força de 600 homens, sob Dabragezas e Usigardo, foi enviada para emboscar a força de socorro, enquanto a principal força bizantina se engajou no cerco. Agátias descreve o cerco como "mais como uma batalha campal".[3] A vanguarda das tropas de socorro foi pega de surpresa e foi derrotada, mas logo ficou claro que a força perseguidora não era o principal exército bizantino. Então os persas, que totalizavam três mil cavaleiros, se voltaram contra eles e derrotaram os perseguidores. Quando ambas as partes chegaram à linha bizantina, a principal força bizantina foi tomada pelo pânico e fugiu junto com seus comandantes. A guarnição persa então partiu e contribuiu ainda mais à hesitação dos bizantinos. Como a cavalaria bizantina fugiu, a infantaria foi deixada para trás, e a estreiteza da ponte sobre o rio Cátaro dificultou ainda mais sua fuga, muitos deles sendo mortos na debandada subsequente. Buzes e sua cavalaria perceberam a situação, retornaram, cobriram sua retirada e impediram sua aniquilação total. Quando os persas alcançaram Arqueópolis, encontraram a planície abandonada e momentaneamente demoliram as fortificações bizantinas, saquearam seu acampamento e retornaram à base.[4]
Frendo, Joseph D. (1975). Agathias: The Histories. Berlim e Nova Iorque: Walter de Gruyter. ISBN978-3-11-003357-1
Greatrex, Geoffrey; Lieu, Samuel N. C. (2002). The Roman Eastern Frontier and the Persian Wars (Part II, 363–630 AD). Londres: Routledge. ISBN0-415-14687-9A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)
Martindale, John R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1992). «Martinus 2». The Prosopography of the Later Roman Empire - Volume III, AD 527–641. Cambrígia e Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Cambrígia. ISBN0-521-20160-8A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)